Ele retira as mãos de sob as dela, respira profundamente, e busca com o olhar a ação fora da janela. Ela poderia permitir o silêncio, estalar uma impaciência ou contestar com um palavrório.
Ao invés, ela estica o braço sobre a mesa que os separa, desliza os dedos pelo pescoço dele, prende delicadamente o lóbulo de sua orelha entre os dedos indicador e médio e lança-lhe uma pluma com o olhar.
Ele inclina a cabeça para melhor receber o carinho, olha para baixo, envergonhado e sorrindo, e estende-lhe uma ponte.
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