quinta-feira, janeiro 20, 2005

Janela da alma

A escuridão abençoa a todos. Meus olhos fechados são um palheta infinita. Pisco-os, e escuto o ruflar das pequenas asas que são. Por trás dessa muralha, eu sei de cores que te cegariam, eu leio a escrita anelada do tempo, eu conjuro para nós um arcanjo de semblante ileso, um dos poucos que escaparam das vistas do Teu Senhor.

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