quarta-feira, janeiro 26, 2005

Vôo noturno

Braços abertos, meço a distância do espaço-todo. Uma piscina de estrelas. O estômago nem esfria mais. O silêncio do ar indeciso encontrando os ouvidos. Não bato asas ou estico o punho fechado, avante. Apenas me dou e o meu destino faz o sabor dos ventos. Lá embaixo carros e pessoas colidem. Aqui o céu se duplica e ao seu dobro. Um dia, não acordo mais.

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