terça-feira, fevereiro 01, 2005

o redor

Eu não tenho termo. Eu sou ou não deus. Eu sou um vento que não é vento. Os lábios eu os tenho mudos, secos. Sei que há escadas para todo o sempre subir e a palavra é onde um logra o topo.

Meu olho é o mundo. Há óculos para deus?

Dominar a palavra é saber dizer o nada. Dominar os espaços entre os tempos. Moldar o dia, ainda na noite, e pendurar interrogações em estrelas, como ganchos para salvar náufragos celestes.

Há certezas para deus?

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