sexta-feira, fevereiro 25, 2005

O primeiro fantasma

Ah, eu lhe perguntaria se aquele dia naquela janela indormida, perante o apoio firme de um cigarro, se foi você quem soprou as árvores no fim da rua, num aceno para mim. Se era você do outro lado do fosso. Se eu, que vivo na ausência de deus, rezei para a pessoa correta e se não foi vazio o abraço que eu lancei por sobre as águas paradas da realidade. Se eu estava certo em dormir sobre o travesseiro confortável das palavras que eu não consegui dizer.

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