terça-feira, março 15, 2005

lêdo

A menina das doze horas, areia entre os dedos, a medida do juízo, a desmedida, a doida. Ela é um passarinho, olhando esquisito para o que não entende. O mundo lhe é uma coisa nova, até sempre.

Estrela é um pedaço ínfimo de céu, um furo numa manta. Falta um rosto para compor a paisagem, e dar à noite seu domínio. Ela é uma procuradora de inícios.

Para onde vai a fumaça dos nossos cigarros? Depositada, como fantasmas, no amplo limbo das coisas que tentam superar sua findada existência, a fumaça dos cigarros são os números de deus.

Sem comentários: